A teoria de Bowlby sugere que os vínculos formados com cuidadores em nossa infância afetam nossos relacionamentos na idade adulta, incluindo nossa capacidade de proximidade, necessidade de autonomia e medo da perda.

Neste artigo, discutiremos a teoria do apego e os estilos de apego que adotamos como adultos nos relacionamentos.

Estilos de apego na idade adulta

A teoria do apego foi proposta como a base para uma abordagem unificada da psicoterapia com potencial para fornecer intervenções em terapia individual, terapia de casais e terapia familiar.

Há quatro estilos distintos de apego adulto, cada um correspondendo aos estilos de apego da infância e impactando como nós percebemos e gerenciamos nossa intimidade emocional e sexual; como comunicamos nossas emoções e necessidades aos nossos parceiros, como respondemos a conflitos e como formamos nossas expectativas sobre nossos parceiros e o relacionamento.

Os quatro estilos de apego  podem ser descritos da seguinte forma:

  1. Seguro – Baixa evasão e baixa ansiedade. O apego seguro está ligado a várias áreas de bem-estar mental e saúde geral. Não sentem medo de rejeição, nem intimidade e não ficam preocupados com o relacionamento. O indivíduo não se preocupa com proximidade, dependência ou abandono.
  1. Evitante – Alta evitação e baixa ansiedade

Desconfortável com a proximidade e valorizando a liberdade e a independência em relação às preocupações com a disponibilidade do parceiro. Eles podem achar difícil confiar nos outros e preferem não ser dependentes.

  1. Ambivalente – Baixa evitação e alta ansiedade

Ansiando por intimidade e proximidade e altamente inseguro em relação ao relacionamento. Eles se preocupam que seu parceiro não os ame, mas estão cientes de que seu desejo de proximidade assusta as pessoas.

  1. Desorganizado – Alta evitação e alta ansiedade

Preocupado com o fato de o amor de seu parceiro (e o relacionamento) não durar e se sentir desconfortável com intimidade e proximidade de todos os tipos. Esse estilo é menos comum, deixando o indivíduo com medo de se machucar e evitando a confiança e a dependência.

Cada estilo de apego afeta nossos aspectos comportamentais, cognitivos e sociais e molda o parceiro que escolhemos.

Os efeitos nos relacionamentos

O desenvolvimento saudável de uma criança é marcado pela presença
materna ou por outro indivíduo que faça esse mesmo papel, sendo responsável pela construção desta pessoa desde os primeiros anos de vida. Outro aspecto marcante neste primeiro momento é que desde os primeiros meses de vida, o bebê já busca um apoio emocional com sua figura de apego.

Quando crescemos essa forma de apego que iniciou-se na infância apresentará grande impacto nos relacionamentos da fase adulta.

Lembrando que essas características nem sempre são regras, ou seja, podem variar de pessoa para pessoa.

Os estilos de apego podem mudar?

Bowlby reconheceu que, embora seja difícil mudar os padrões de apego na idade adulta, não é impossível. O seu trabalho foi baseado em transformar modelos de apego inseguros em modelos mais seguros.

Uma das formas de mudar o padrão de apego é nos envolvermos em relacionamentos que mostrem comportamentos saudáveis, baseados em afeto e confiança.

Invista em sua saúde mental e se precisar de ajuda, faça psicoterapia.

 

 

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